26.2.05
The Chemical Brothers -"Push The Button"
O primeiro disco dos Irmãos Químicos que comprei foi Surrender, em 1999. Esse disco ainda permanece como um dos meus favoritos, não só na discografia dos Brothers, mas de toda minha coleção. Ao lado do The Fat of The Land do The Prodigy e do Decksandrumsandrockandroll do Propellerheads, foi o responsável por abrir minha cabeça para a música eletrônica além dos cds de Poperô (sim, eu sei que me atrasei um pouco). Mas escrevi tudo isso porque, enquanto ouvia este Push The Button, lembrei de um pensamento que tive ouvindo Surrender: “eu não posso morrer enquanto The Chemical Brothers fizerem música”.
Bem, aqui estou eu, vivo (ainda), para ouvir o quinto álbum dos ingleses. De cara, dá pra perceber que depois da psicodelia digital do disco anterior, Come With Us, os Brothers optaram por uma produção mais minimalista, mas não a ponto de descaracterizar seu som. Mesmo que Galvanize, o primeiro single, pareça um devaneio hip-hop com influências orientais, a faixa seguinte, The Boxer, trata de colocar as coisas no lugar: sem dúvida é o som que pertence à eles, o big-beat que eles popularizaram e que Fatboy Slim não foi capaz de manter respirando em seu último disco. Até agora é minha faixa preferida, e Tim Burgess canta nela, repetindo a participação do primeiro disco da dupla. A terceira faixa, Believe, conta com o vocal mântrico de Kele Okereke, do hypado Bloc Party. A música, como todo bom hino de pista, não consegue deixar de ser burocrática, mas porquê você está pensando nisso quando devia estar dançando?
O disco segue por influências inusitadas (Hold tight london lembra muito Underworld, ou Madonna na fase Ray of Light), ganha mais peso big-beat (Come Inside) e electro-house (The big jump). A fofa Close Your Eyes tem a participação dos ingleses do Magic Numbers e é outro ponto alto do disco. No final, aparece a alegria campestre de Marvo Ging e o estilo “Kraftwerk-encontra-New Order” de Surface to air.
Bem, aqui estou eu, vivo (ainda), para ouvir o quinto álbum dos ingleses. De cara, dá pra perceber que depois da psicodelia digital do disco anterior, Come With Us, os Brothers optaram por uma produção mais minimalista, mas não a ponto de descaracterizar seu som. Mesmo que Galvanize, o primeiro single, pareça um devaneio hip-hop com influências orientais, a faixa seguinte, The Boxer, trata de colocar as coisas no lugar: sem dúvida é o som que pertence à eles, o big-beat que eles popularizaram e que Fatboy Slim não foi capaz de manter respirando em seu último disco. Até agora é minha faixa preferida, e Tim Burgess canta nela, repetindo a participação do primeiro disco da dupla. A terceira faixa, Believe, conta com o vocal mântrico de Kele Okereke, do hypado Bloc Party. A música, como todo bom hino de pista, não consegue deixar de ser burocrática, mas porquê você está pensando nisso quando devia estar dançando?
O disco segue por influências inusitadas (Hold tight london lembra muito Underworld, ou Madonna na fase Ray of Light), ganha mais peso big-beat (Come Inside) e electro-house (The big jump). A fofa Close Your Eyes tem a participação dos ingleses do Magic Numbers e é outro ponto alto do disco. No final, aparece a alegria campestre de Marvo Ging e o estilo “Kraftwerk-encontra-New Order” de Surface to air.
Quando terminei de ouvir o disco, fiquei com aquela sensação de que faltou algo, como um incômodo espaço vazio no estômago. Não que seja um disco ruim, longe disso, o padrão de qualidade se mantém (mesmo que já tenhamos ouvido tudo isso parecido). Pra mim, o que falta na verdade é aquela sensação de novidade, de estarmos ouvindo a "música do futuro". Agora que a eletrônica já foi devidamente assimilada, embalada e vendida em megastores, o som dos Brothers pertence ao presente. Mas eu ainda quero ouvir os próximos discos, e não vou deixar de dançar agora só porque amanhã tem outra festa. ;)
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