27.2.05
Os melhores discos de 2005 (estão sendo preparados)
A excelente revista eletrônica Bacana publicou, nesta edição de fevereiro, um surpreendente Top 50 dos melhores álbuns nacionais do ano de 2004. É sintomático que a escolha dê preferência à cena independente, uma vez que é dela que estão saindo as coisas mais legais do pop nacional (se é que ela existe fora do meio independente). Achei a lista muito coerente, e mesmo não conhecendo alguns nomes, aqueles que eu imaginava apareceram (Detetives, Moptop, Astronautas, Gram e outros), e de quebra encontrei vários nomes que pareceram bem interessantes, boas dicas para quem quer ouvir novos sons.
Graças à qualidade e interesse de público e mídia alcançado pelos independentes em 2003 e 2004, este ano será prolífico para a cena. Algumas bandas lançaram no início do ano suas estréias em álbum, caso do Ludov e do Phonopop, e começam literalmente a fazer barulho. Outras produzem seus aguardados discos novos, como é o caso dos goianos da Violins, os cariocas da Grandprix e os rockers gaúchos da Walverdes e da Cachorro Grande. Bandas novas como Volver, The Feitos e Ímpar merecem atenção depois de EPs bem-sucedidos. E por aí vai...
Tenho certeza que esqueci vários nomes e que vários outros surgirão com sua música neste ano. É cedo pra falar nos melhores de 2005 (e o título foi só uma brincadeira), mas já dá prá torcer por um Top 100, né?
26.2.05
The Chemical Brothers -"Push The Button"
O primeiro disco dos Irmãos Químicos que comprei foi Surrender, em 1999. Esse disco ainda permanece como um dos meus favoritos, não só na discografia dos Brothers, mas de toda minha coleção. Ao lado do The Fat of The Land do The Prodigy e do Decksandrumsandrockandroll do Propellerheads, foi o responsável por abrir minha cabeça para a música eletrônica além dos cds de Poperô (sim, eu sei que me atrasei um pouco). Mas escrevi tudo isso porque, enquanto ouvia este Push The Button, lembrei de um pensamento que tive ouvindo Surrender: “eu não posso morrer enquanto The Chemical Brothers fizerem música”.
Bem, aqui estou eu, vivo (ainda), para ouvir o quinto álbum dos ingleses. De cara, dá pra perceber que depois da psicodelia digital do disco anterior, Come With Us, os Brothers optaram por uma produção mais minimalista, mas não a ponto de descaracterizar seu som. Mesmo que Galvanize, o primeiro single, pareça um devaneio hip-hop com influências orientais, a faixa seguinte, The Boxer, trata de colocar as coisas no lugar: sem dúvida é o som que pertence à eles, o big-beat que eles popularizaram e que Fatboy Slim não foi capaz de manter respirando em seu último disco. Até agora é minha faixa preferida, e Tim Burgess canta nela, repetindo a participação do primeiro disco da dupla. A terceira faixa, Believe, conta com o vocal mântrico de Kele Okereke, do hypado Bloc Party. A música, como todo bom hino de pista, não consegue deixar de ser burocrática, mas porquê você está pensando nisso quando devia estar dançando?
O disco segue por influências inusitadas (Hold tight london lembra muito Underworld, ou Madonna na fase Ray of Light), ganha mais peso big-beat (Come Inside) e electro-house (The big jump). A fofa Close Your Eyes tem a participação dos ingleses do Magic Numbers e é outro ponto alto do disco. No final, aparece a alegria campestre de Marvo Ging e o estilo “Kraftwerk-encontra-New Order” de Surface to air.
Bem, aqui estou eu, vivo (ainda), para ouvir o quinto álbum dos ingleses. De cara, dá pra perceber que depois da psicodelia digital do disco anterior, Come With Us, os Brothers optaram por uma produção mais minimalista, mas não a ponto de descaracterizar seu som. Mesmo que Galvanize, o primeiro single, pareça um devaneio hip-hop com influências orientais, a faixa seguinte, The Boxer, trata de colocar as coisas no lugar: sem dúvida é o som que pertence à eles, o big-beat que eles popularizaram e que Fatboy Slim não foi capaz de manter respirando em seu último disco. Até agora é minha faixa preferida, e Tim Burgess canta nela, repetindo a participação do primeiro disco da dupla. A terceira faixa, Believe, conta com o vocal mântrico de Kele Okereke, do hypado Bloc Party. A música, como todo bom hino de pista, não consegue deixar de ser burocrática, mas porquê você está pensando nisso quando devia estar dançando?
O disco segue por influências inusitadas (Hold tight london lembra muito Underworld, ou Madonna na fase Ray of Light), ganha mais peso big-beat (Come Inside) e electro-house (The big jump). A fofa Close Your Eyes tem a participação dos ingleses do Magic Numbers e é outro ponto alto do disco. No final, aparece a alegria campestre de Marvo Ging e o estilo “Kraftwerk-encontra-New Order” de Surface to air.
Quando terminei de ouvir o disco, fiquei com aquela sensação de que faltou algo, como um incômodo espaço vazio no estômago. Não que seja um disco ruim, longe disso, o padrão de qualidade se mantém (mesmo que já tenhamos ouvido tudo isso parecido). Pra mim, o que falta na verdade é aquela sensação de novidade, de estarmos ouvindo a "música do futuro". Agora que a eletrônica já foi devidamente assimilada, embalada e vendida em megastores, o som dos Brothers pertence ao presente. Mas eu ainda quero ouvir os próximos discos, e não vou deixar de dançar agora só porque amanhã tem outra festa. ;)
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12.2.05
Alarme silencioso
No final do ano passado, baixei algumas músicas para gravar um cd-r, num esquema tipo "coletânea para as férias". Além de músicas que eu queria ter, procurei algumas faixas de bandas que eu tinha apenas ouvido falar, pra deixar a bolachinha com um gosto de novidade. Nessa segunda categoria, baixei "Banquet", do Bloc Party. Tudo que eu sabia até então, além do nome estranho do vocalista (Kele Olereke, acho), era que essa banda inglesa já estava bastante hypada, mesmo sendo os termos "banda inglesa" e "hypada" totalmente redundantes.
Numa primeira e desatenta audição, a música não me surpreendeu. Sei lá, me lembrou Franz Ferdinand, talvez pelo inegável teor dançante da faixa, e também The Cure, pela semelhança do vocal de Kele (nome bacane né?) com o de Robert Smith. Mas foi só eu ouvir mais uma vez que a música se revelou irresistível, o tipo de hit que compensa o hype. Porra, eu devia ter percebido isso logo! De qualquer jeito, não fui só eu que percebi: a banda apareceu em todas as listas de "promessas para 2005"...
Eis que na segunda-feira, dia 14, será lançado "Silent Alarm", o primeiro álbum do Bloc Party. Óbvio que o álbum já está nos soulseeks da vida, mas prá quem quer ter um gostinho imediato do som dos caras, é só ir pro site deles e procurar a jukebox, onde pode-se ouvir trechos das faixas do álbum. Mesmo nos 30 segundos de cada música, dá pra perceber que a banda é muito boa.
Confira você mesmo, ouça "Banquet", inteirinha, aqui.
Acho que começamos bem 2005.
8.2.05
O primeiro post (e alguns esclarecimentos) =]
Então é isso. Tá, por enquanto esse blog não é nada, mas vai ser sobre música, principalmente (acho), e sobre o que mais me der na telha. De qualquer jeito, vai acabar sendo sobre mim também. Confuso né? Vamos então por tópicos:
- Opiniões musicais sem nenhum critério, a não ser meu gosto pessoal. E muito mal escritas também.
- Links roubados de algum lugar, geralmente indicando MP3 bacaninhas. Não vai dar pra hospedar arquivos por aqui, daí a necessidade de "apropriação indevida". Mas eu prometo colocar o nome do dono.
- Se eu me conheço bem, vou encher isso aqui de outras porcarias. Se isso acontecer, pelo menos servirá como afirmação de que eu me conheço muito bem.
- Não esperem muito de mim. Nem eu mesmo espero, assim me divirto mais.
- Vamos lá, então.
- Opiniões musicais sem nenhum critério, a não ser meu gosto pessoal. E muito mal escritas também.
- Links roubados de algum lugar, geralmente indicando MP3 bacaninhas. Não vai dar pra hospedar arquivos por aqui, daí a necessidade de "apropriação indevida". Mas eu prometo colocar o nome do dono.
- Se eu me conheço bem, vou encher isso aqui de outras porcarias. Se isso acontecer, pelo menos servirá como afirmação de que eu me conheço muito bem.
- Não esperem muito de mim. Nem eu mesmo espero, assim me divirto mais.
- Vamos lá, então.