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Damien Rice: "The Blower's Daughter" - Por mais que eu prometa pra mim mesmo ficar longe de qualquer canção-triste-que-consequentemente-me-deixe-triste-também, esta tem sido uma tarefa difícil. Ainda que o fato de ter um humor que varia de acordo com a trilha-sonora seja um problema controlável, essas "canções tristes" parecem se jogar contra meus ouvidos, pedindo para ser escutadas. Vai ver é porque eu realmente gosto delas, ou talvez seja apenas acaso, como nessa música do Damien Rice: só ouvi depois de ficar sabendo que seu disco de estréia, o belo "O" (esse é o nome do disco) está sendo lançado no Brasil. E só fiquei sabendo porque desrespeitei o aviso de "favor não folhear as revistas" na papelaria perto do meu trabalho, e dei uma olhada rápida na revista Veja dessa semana, que recomenda o disco. O provável motivo do lançamento nacional seria a inclusão desta "The Blower's Daughter" na trilha do filme "Closer", mas eu prefiro acreditar que seja pelo fato de que é um disco muito, mas muito bonito mesmo. Eu até já tinha ouvido falar do trabalho de Damien, e para cumprir a promessa preferi não ouvir nada dele, pois tudo que lí estava relacionado aos ingredientes "baladas acústicas+letras emocionantes+arranjos de cordas", sem dúvida uma bomba para meu humor variável. É claro que não resisti muito tempo, e ainda bem, pois esta música é mais bonita do que triste, mais emocionante do que melancólica e definitivamente salvou este feriado nublado.

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O novo single do Coldplay se chama "Speed of Sound", e já pode ser ouvido no site dos caras. Eu ouvi pela primeira vez hoje, na KEXP, e assim que a música começou já percebi que era Coldplay, mesmo apesar das várias bandas que os copiam (e das várias bandas que eles copiam também, é que eu me engano ás vezes hehe). Sinal de que há uma marca própria no seu som, e esse novo disco "X&Y" pelo jeito vai primar por guitarras mais viajantes, mas ainda com a orientação baladeira. Chris Martin parece estar cantando meio fora do tom, sei lá, achei isso quando ouvi "Talk" também, coisa da minha cabeça. O single vai ser lançado dia 23 (lá fora), o álbum em junho, e vamos ouvir e ver a banda em tudo que é lugar. E começou pela capa do NME, óbvio.

Se o rock morreu, o que é isso então? Não, não sou eu que estou perguntando, quem levanta a questão é Luc Albano, vocalista desta surpreendente banda de Brasília (mais uma!), na música "A fantástica praia dos leões". Por mais que a pergunta possa demonstrar certa pretensão, a gente já sabe que não é isso: na primeira faixa do disco, "Ad hoc", ele já havia dito "nós somos o rock, mate-me rock'n'roll", da maneira mais cínica e irônica possível. Por outro lado, não haveria problema se eles fossem pretensiosos, pois é realmente difícil saber o que se destaca mais nesse disco, se é o som guitarreiro, influenciado pelo que de melhor houve no rock alternativo dos anos 90 (Pixies, principalmente), ou as letras, cheias de frases de efeito. Quer um exemplo? Que tal "sequestre as FMs outra vez Bety, me vingue me liberte assim dessa estação ruim (...) aterrorize o dia estéril dos playboys" na faixa "Bety no ar e a fúria genital" (se liga no nome das músicas), ou então a paranóia dos versos de "Heartcore" (ninguém acredita que eu sou um paranormal, e que o governo tá atrás de mim), amparados pelo refrão redentor (não me deixe, meu amor, me ajude a saber quem eu sou). Mas também tem a guitarra cheia de efeitos de "Monstro", o baixo pesadão de "Aparelho" e o riff matador de "Depois dos Beatles tudo é decadência" (essa última é a minha preferida do álbum!). Eu sei, pra variar, não estou sendo muito claro. Então lá vai: é rock do bom, com ótimas melodias, ótimas letras e feito com muita competência. Só isso.
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Suíte Super Luxo: "Máquinas passionais" - Eu não poderia deixar o incauto que por acaso caia neste blog sem um MP3 do SSL. Então, aí está o link para "Máquinas passionais", que na minha opinião é a faixa que poderia ser o primeiro single do álbum El Toro. Como ocorre com todas as boas bandas, o single nunca é a melhor faixa do álbum, e aqui não é diferente. Ainda assim é muuuito boa, pronta pra tocar no rádio, nem que seja quando a Dj Bety sequestrar as FMs para nos vingar e nos libertar dessas estações ruins. ;) (pra baixar é botão direito no link + salvar destino como)

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Compre o cd El Toro, da Suíte Super Luxo, no site do selo Protons.
Baixe mais MP3 no site da banda.

COLDPLAY: Essa aí em cima é a capa do novo álbum, que vai ser lançado em 23 de junho. Agora me diz: não lembra o Tetris, aquele game antigão? E olha que essa nem é a única referência "eletrônica" que o Coldplay preparou para o novo disco. Como meio mundo já sabe, a faixa "Talk" tem seu riff inspirado nos teclados de "Computer Love", do seminal grupo de eletrônica Kraftwerk. Se você quiser ouvir, neste excelente blog tem em MP3 ;-) O problema é que o vocalista Chris Martin encasquetou com a música e quase a deixou fora do tracklist, e o NME já fala em uma nova versão, sem o riff tão comentado... Pô, eu tinha gostado tanto... Ouça antes que vire uma lenda urbana.
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MIA: Hype total! A tailandesa MIA finalmente vai lançar "Arular", seu disco de estréia, depois de vários atrasos e tal. Pelo menos funcionou pra aumentar o falatório em torno da moça e seu som cheio de batidas improváveis, barulhos esquisitos, world music e funk carioca. Pois é, aproveitando o interesse da gringaiada pelo som dos bailes do morro, MIA e seu produtor Diplo fizeram "Bucky Down Gun", um funk carioca cuspido e escarrado. Eu achei que ficou uma bosta, a Pitchfork achou "a melhor coisa dos próximos cinco anos" hahaha. Mas nem tudo está perdido, a capa aí de cima é do single "Galang", essa sim pelo menos é divertida (e grudenta). Ouça aqui, em stream. (Precisa ter Real Player instalado).
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THE WHITE STRIPES: Ah, nada não, só a capa do novo single, chamado "Blue Orchid". Run to Soulseek, kids! Eles continuam muito estilosos. Se bem que ali na foto são dois impostores...
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Agora dá licença, vou ali jogar o Jogo do Caixote e só volto quando passar TODAS as fases (hehe)!!